sábado, 2 de junho de 2012

Faeriewalker Series

Olá povo!!!
   Esses dias terminei de ler uma série curtinha (para os tempos atuais de mil livros pra cada saga, uma triologia é só para os muito fortes) mas que eu realmente curti acompanhar! Como ando um ser insone, resolvi deixar aqui um feedback dela, por falta de vontade de fazer um post sobre algo mais elaborado mesmo. Sorry.

   Livro 1: Glimmerglass. A história, que me chamou pela capa lindíssima do livro, logo me conquistou com o seguinte tema: fadas. Porque amo tudo relacionado a elas, tão belas, cruéis e esquivas!
 
   Mas o que eu achava que seria só mais um livrinho de meninas pra relaxar, me surpreendeu e posso definir em tópicos o porquê da série destoar das outras de mesmo público alvo:
- Ela não se mudou para morar com pai/mãe/parente x simplesmente, ela fugiu de casa e atravessou o Atlântico para morar com o pai que não sabia nem como era o rosto!
- A parte sobrenatural não foi exatamente uma surpresa: ela já sabia que Avalon era a ponte entre os mortais e Faerie e sabia inclusive que o pai não era humano. Poupou muito mimimi.
- Ela se enfia num triângulo amoroso? Sim, mas posso dizer que é bem sucedida em deixa-los de lado quando os problemas são mais sérios.
- Ela é irônica sem forçar a barra, revoltada sem ser sem noção, diferente de outras protagonistas/ narradoras adolescentes.
- Sem querer desmerecer outras séries mas... a vida dela é dura de verdade, não é tragédia de puberdade não. E como a autora viveu o mesmo drama, ela transmite os sentimentos de Dana com muita intensidade.

   Livro 2: Shadowapell. A capa é linda, apesar de eu achar que deviam ter mantido um padrão nelas: ou o rosto inteiro da Dana em todas ou em nenhuma. Achei que o subtítulo não casa com a história.

   Sem um final muito 'preciso do próximo pra ontem!' no primeiro, você vai lê-lo mais para dar continuidade a história e ver como Dana está se virando e se evolui como personagem, mas:
- Uma avalanche de personagens de Faerie é o que no geral aconteceria, mas eles ficam cada vez mais misteriosos, quase como uma sombra.
- Descobrimos um pouco mais sobre o pai, de quem definitivamente ela puxou muita coisa.
- Ela se confronta com um dilema pesado: aprender a confiar nos outros (cara, ela leva os termos desconfiada e calculista a outro nível, sério) e é interessante ver suas interpretações de cada situação.
- O triângulo se torna um quadrado! E não com mais um garoto bonito e sim um homem (e que homem) irresistível, mas com segundas e terceiras intenções.
- Ao invés de sentar e chorar, ela corre atrás e faz as coisas acontecerem! Tudo por debaixo dos panos, merece minha admiração!

   Livro 3: Sirensong. Capa novamente linda, embora ao contrário do outro prefira essa a americana. Agora sim temos um final que me fez roer os dedos inteiros esperando o próximo (na semana que saiu as duas mulherzinhas da Livraria Cultura não me aguentavam mais. Vocês foram ótimas viu?).

   Encurralada. Não há outra forma de definir como ela começa o livro - e também como ela acaba passando boa parte dele - porque dessa vez ela lida diretamente com Faerie e descobre da pior forma que eles não são tão fáceis de desvendar ou contornar quando jogam em seu território.
- Sem ser sombria ou fantasiosa demais, gostei da descrição de Faerie.
- O valor de cada personagem é posto a prova, em especial de Ethan, seu namorado, Keane, seu amigo, professor e paixonite e Kimber, cunhada e única amiga; de modo geral, acho que todos eles aprenderam e evoluíram com as experiências.
- O Erlking honra suas posições (com o perdão do trocadilho) de ser mais poderoso e sexy da série toda e protagoniza alguns momentos tensos e divertidos. Vemos um lado mais humano e maduro dele.
- Dana sente o peso de suas ações, ou melhor escolhas: optando por se abrir o mínimo possível, ela é pega em sua complexa rede de mentiras e ironicamente, por não confiar em ninguém perde o apoio e confiança essenciais para seguir em frente quando mais precisa.
- Inconsequente e determinada até não dar mais, ela faz as coisas se acertarem - embora nem tudo acabe como ela deseja - na base de golpes e negociações. Praticamente na marra.
- O fim foge quilômetros do clichê e tem um quê de 'a vida continua'. Achei digno.


   Olhando as lombadas, ainda encano com esse vermelho: podia ser um lilás ou algo mais harmônico com os dois primeiros volumes. Mesmo porque as rosas vermelhas são dispensáveis, já que só as brancas tem sua razão de existir na capa.
   Embora não tenha lido nada de continuação, a história, justamente pelo final que teve, pode sim continuar. Um foco na Corte Unseelie seria a pedida ideal, mesmo porque é algo que lamentavelmente sinto que faltou na história de um modo geral. (sempre gostei mais de Mab do que de Titânia)

   Existe um bônus, o Remedial Magic - no caso, 0.5 já que a história se passa antes de Dana fugir pra Avalon - que tem como protagonista a Kimber e seus anseios de fugir da sombra do irmão mais velho, bonito, talentoso e carismático, uma relação conturbada de amor e ódio que fica bem clara nos outros livros.
   Gosto da Kim e adoraria ler, mas infelizmente não há previsão dele no Brasil.


   Não foram livros que mudaram minha vida, de longe não é um Harry Potter ou um Hunger Games mas mesmo assim eu gostei porque a autora soube agradar e ao mesmo tempo ir além, colocando temas como família, política, responsabilidades e autoconhecimento sem ficar parado ou caxias.

  Enfim, vale a pena ler! (*-*)//
 

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