De Menina?

Oi gente!

   Brisando pelos blogs, fui forçada e reparar num fato meio chato: em pleno séc. XXI, mesmo entre pessoas bem informadas e resolvidas, ainda existe estereótipos ridículos baseados no nosso sexo.

   Quando se é criança, é normal aquela história de 'coisa de menina e de menino', porque por mais que seja cada vez mais diferente, a realidade é que o homem e a mulheres são diferentes e não cumprem os mesmos papéis na nossa sociedade.

   O que pra mim não faz sentido, já que todo mundo sabe que só pelo fato de a mulher querer ir ver o novo filme do Batman ou o cara saber cozinhar algo e não se importar de levar a louça já contam pontos valiosos com os membros do sexo oposto.

   Acho triste quando cobram isso do comportamento, tipo: uma menina tem que ser delicada sempre, não pode gostar de filmes de zoombies, pancadaria e ficção científica? Uma menino tem que ser forte sempre, não pode ter vontade de comer coisas como cupcakes ou assistir um musical?
A resposta é pode gente! Ninguém devia ser tão limitado assim.

   É fato que acho feio quando vejo uma menina no meio da torcida organizada de um time, falando mil barbáries e ameaçando brigar, mas não me agrada que os homens façam isso tampouco. Acho que a questão comportamental é muito machista sabe, qualquer um queima seu filme bêbado, falando palavrões por qualquer coisinha ou sendo ignorante e rude.

   Quando eu era uma pirralhinha sem muitas ambições além de comer sucrilhos de manhã e bolo a tarde, eu picotava panos para fazer roupinhas das minhas Barbies, fazia bolotas bem elaboradas de lama, grama e flores pra brincar de comidinha, tinha minhas famílias de ursinhos de pelúcia.... e brincava com meus dinossauros, amava meu balde de Lego e vivia pendurada no PlayStation 1 (sentiu a nostalgia?) do meu pai. E hoje sou uma estudante de moda que, ao contrário de algumas outras, reconhece uma camiseta do Metal Gear numa aula sobre street style.

   Então, quando passeio pelos blogs e vejo uma menina mega fofa e girlie dizendo 'sei que pode parecer estranho, mas adoro Transformers.' eu penso: não! Não é nada estranho, como diria PC Siqueira: 'não existe nada mais legal que carros que viram robôs gigantes!' - porque será que é tão difícil as pessoas simplesmente serem felizes a sua maneira em detalhes tão mínimos, quanto um filme que elas gostam?

   Também sou obrigada a criticar os falsos cultos, que gostam de colocar referências aos seus gostos cutls e se gabar de que foram em cinema tal ver filme israelense (nada contra quem gosta, mesmo porque nunca vi um para julgar sua qualidade) e condenam quem prefere ver seriados, blockbusters ou animações da Pixar; quem é você para ditar o que é e deixa de ser cultura? Quer um exemplo prático? Odeio funk carioca, mas reconheço que é a cultura dos morros de lá que se espalhou para outros lugares, assim como sertanejo, forró, tecnobrega, pagode.... a consciência gera paz de espírito, acreditem.

   Então leiam o que quiserem, vistam o que sentirem vontade, assistam o que acham curtido, entrem na faculdade com a qual possuem afinidade e nunca, nem por um mísero instante, tenham medo de serem felizes! Porque a vida passa muito rápido para se preocupar com o fato de que fulano usa rosa ou fulana tem cabelo bem curtinho.

   Lembrando de respeitar os limites do próximo, onde está o mal em ser você mesmo? (*--*)/