quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Preto, Branco e Vermelho.

Oi gente!

   Resolvi criar vergonha na cara e voltar a postar mais regularmente... desde o ano passado comprei muitos (mais que o normal pelo menos) livros e resolvi falar de três que me surpreenderam pelas capas e histórias:


  
Prince Of Thorns - Mark Lawrence
   Esse fiz questão de colocar outra vista da capa, que é uma capa dura linda... o livro todo tem um acabamento tão impecável que dá vontade de chorar, coisa digna de versão luxo ou edição gringa, não conhecia a editora e já virei fã.

   Mas vamos a história: com um ritmo rápido acompanhamos Jorg, um príncipe foragido que tem como meta inicial vingar sua mãe e seu irmão num cenário em que centenas de nobres disputam o título de Rei absoluto; com o tempo ele também começa a mirar o topo como modo de se vingar de seu pai e todos aqueles que nada fizera contra os assassinatos que o traumatizou na infância.

   Se você gosta de épicos pouco convencionais (nada daquela jornada básica com elfos e similares) vai gostar bastante desse - tem uma pegada mais crua, um "medieval para adultos" que lembra bastante Crônicas de Gelo e Fogo em alguns aspectos. A leitura é super rápida, mas nem por isso o livro tem menos conteúdo, é uma triologia já concluída e com um início bem bacana.


Mago (Aprendiz) - Raymond E. Feist
   Se o livro anterior me pegou pelo conjunto esse foi a ilustração de capa mesmo: temática, técnica, cores, pirei em tudo! Nesse caso a editora é realmente estreante e promete trazer aventuras e fantasia da melhor qualidade - essa série por exemplo, tem uns 20 anos e nunca havia sido lançada aqui, um absurdo... principalmente se considerar a quantidade de auto-ajuda ou romance erótico que brota atualmente.

   Ela tem os modelos de épico mais classudos, com cavaleiros, magos(não, jura?!), dragões, elfos, anões... mas traz um atrativo e tanto: invasores de outro mundo! Se você está pensando em E.T.s cabeçudos esqueça: na história uma civilização expandiu a magia num nível em que lhe permitiu viajar para outras dimensões e conquistar os pedacinhos de humanidade por aí... achei mega criativo.

   Nessa história acompanhamos Pug, um órfão que se torna aprendiz de feiticeiro pouco antes da guerra começar; Thomas seu irmão de criação, um guerreiro que teve pouco destaque mas promete muito e Arutha, o segundo filho do nobre responsável pelas terras onde eles cresceram, um estrategista muito interessante e que apareceu pouco, mas já o suficiente pra gostar muito dele.

   Na verdade se trata de uma triologia, de modo que a coisa toda ainda vai se desenvolver... por mim a história podia ser maior, faltou detalhamento em alguns momentos (ou seja só o efeito da escrita de George Martin em mim), mas ele acrescentou alguns detalhes que tornam a coisa toda cativante, como os invasores não conhecerem cavalos ou possuírem armas de metal.

   Já comprei a continuação e estou ansiosa pra tirar um tempinho e ler.


O Crico da Noite - Erin Morgenstern
   Olha vou confessar uma coisa: desde o lançamento desse livro namorava essa capa linda e ficava adiando a compra. Quando comprei, fiquei adiando a leitura - quando finalmente li, me xinguei mentalmente por não ter corrido atrás dele antes.

   A premissa é simples: dois magos: Celia e Marco, são criados desde pequenos por mestre diferentes, destinados a se enfrentarem em batalhas cujo palco é um circo... até que eles se apaixonam. Eu como você e qualquer um que bate os olhos nessa sinopse imagina uma batalha árdua, com luz e explosões a torto e a direito, pra Voldemort nenhum botar defeito certo?

   Errado e é aí que entra o que me fez amar esse livro.

   O protagonista dele não são os magos e sim O Circo Da Noite, de modo que o livro nos apresenta os dois jovens e parte logo para o circo, como ele foi criado, um pouco sobre as mentes brilhantes e insanas por trás das maravilhas, detalhes singelos e cruciais; no início de cada capítulo somos introduzidos a descrição de uma das diversas tendas que compõe o Circo, que chega sem aviso, abre ao anoitecer e fica até o Sol raiar e acaba criando uma legião fiel de fãs que o segue pelo mundo.

   As batalhas se desenvolvem de maneira delicada: um show de ilusionismo aqui, uma tenda fantástica ali, um carrossel com criaturas que respiram acolá... e nesses pequenos toques que engradecem o Circo ambos acabam desenvolvendo uma admiração um pelo outro, que pouco-a-pouco se torna amor. 

   No fim das contas o Circo foi criado para a batalha e ela de certa forma chegou ao seu surpreendente desfecho pelo mesmo. A sensação é de um toque de tristeza, pois por mim passaria dias e dias lendo sobre as maravilhas criadas para o Circo, todo em preto e branco - sim, é um volume só, infelizmente.



   Espero ter tempo para ler este ano, espero conseguir repetir essa ideia de resenhar livros pela paleta de cores de suas capas e espero que leiam e gostem tanto quanto eu!
   Até uma próxima!


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