A Elite

Oi gente!
     Resolvi falar de um livro que li esses dias e amei... pra quem não conhece nada da série, vou dar uma explicada no que rola no primeiro da série, A Seleção:

     América Singer vive num EUA pós guerra e totalmente diferente: no sistema monárquico e partido em castas, que de Um à Oito o que significa em termos práticos de família real à mendigo.
     Assolado pela pobreza, conflitos com outros países e ataques de rebeldes, o país se prepara para um evento muito especial: A Seleção, onde uma garota qualquer do país pode ter a chance de se tornar rainha, já que o príncipe herdeiro se aproxima dos 20, onde definitivamente herdará o trono.
     Mas America não está nem aí pra isso por motivos diversos: acha a família real um bando de babacas, é extremamente prático e o luxo escancarado da vida deles a causa repulsa e, o mais importante: namora escondido a dois anos Aspen, um amigo de infância, pois ela é uma Cinco e ele um Seis, portanto claramente mais pobre.
     Como ninguém desconfia do namoro e o garoto não suporta a ideia de ela se privar de uma chance dessas por causa dele, todas a pressionam pra se inscrever. Sabe aqueles momentos em que o personagem pensa "que mal tem nisso né?" e acontece justamente o que ele temia? É claro que esse é um deles e ela se vê longe de casa, num ambiente cheio de regras e aparências junto com outras 34 meninas completamente estranhas - algumas bem dispostas a puxar o tapete da concorrência.
     Pra completar com chave de ouro, ela se dá conta que nem de longe o príncipe Maxon era o babaca que ela acreditava que era.

     Chamado por muitos como 'Hunger Games de princesas" e coisas do gênero, confesso que comprei o primeiro por causa do meu já conhecido fraco por capas lindas e adorei.


     Recomendo a história e também recomendo a parar a leitura por aqui se você não leu pra não pegar spoilers do primeiro.

     Em A Elite, America está literalmente surtando. De 35 agora temos 6 garotas e Maxon a pressiona para tomar uma posição, deixando claro que já a escolheu e é só ela dizer que quer casar com ele; Aspen continua desfilando por lá como guarda, sem perder a chance de encurralar a menina num corredor qualquer. É a Seleção particular de America: Maxon ou Aspen?
     O rei, os conselheiros, as castas... se enfiando cada vez mais no cenário político do país, com direito a interação com estrangeiros, ela se dá conta que aquele sistema lhe dá nos nervos e quer fazer algo para muda-lo, porém não faz ideia do que. E o impasse de saber que seria uma ótima rainha mas temer o peso e consequências do cargo só se intensifica, embora receba muito apoio pra seguir em frente.
     As concorrentes. Ah, nesse livro cheguei num ponto em que detestava todas! (após o Halloween, quem ler vai me entender) America continua inocentemente tentando ver amigas e companheiras, pelo menos em parte delas, enquanto cada uma usa de seus artifícios pra fisgar o príncipe - e é claro que entre todas as dúvidas e variações de humor da ruiva, ele não vai continuar tão puro e apaixonado assim pra sempre. Somando isso com o fato de que o pai dele claramente a quer fora não facilita as coisas. É o lado podre da realeza sendo revelado.
     Os ataques rebeldes se intensificam e ao mesmo tempo se enchem de significados aos olhos da meninas - seus métodos, alvos e motivações começam a ser esclarecidos nesse livro, já que no primeiro eram apenas um toque dramático na trama.

     O que posso dizer é que no geral o enredo e os personagens cresceram bastante no segundo volume e ela preparou o palco para um desfecho e tanto. Quando? Só ano que vem, porque nada é perfeito.

     Pra quem leu A Seleção e estava na dúvida quanto A Elite, vai em frente que vale  apena!

     Além de gravações de um seriado, há também um extra (sabe o volume ".5", bem famosinho hoje em dia em muitas séries? Esse mesmo) bem fofinho, que mantém a narração em primeira pessoa, mas não mais com a America... se chama O Príncipe, por conta do narrador.



     E.... é isso. Espero que isso inspire alguém a começar a ler a série!